Amigos leitores do nosso blog, o nosso DNA é inovar, informar e vender. Deste modo, para o ano de 2020 queremos seguir construindo novas histórias, com nossos parceiros e clientes. Iremos aqui fazer uma análise do mercado imobiliário em 2020, quais as tendências para o ano que se inicia, mas precisamos primeiro, fazer uma retrospectiva do ano que se encerrou.
O ano de 2019 começou com expectativas positivas para a economia, com a promessa de reformas, melhora nas contas públicas, queda no desemprego e retomada do investimento e do crescimento. A demora maior que a esperada na aprovação da reforma da Previdência, aliada a diversas crises políticas, foi minando a confiança dos empresários e consumidores, e criando entraves à recuperação econômica do país.
A bolsa de valores se beneficiou desse movimento. Com a renda fixa rendendo menos, o mercado de ações se tornou mais atrativo para os investidores, que levaram o Ibovespa a bater sucessivos recordes, passando dos 110 mil pontos.
O fato é recente e amparado na projeção de crescimento da CNI (Confederação Nacional da Indústria). Segundo o IBGE, a atividade industrial do Brasil fechou o segundo trimestre de 2019 com uma alta de 0,4%. Com base nisso, o crescimento econômico brasileiro projetado pelo setor industrial para o ano ficou em 0,9%. Como é possível notar, o índice é extremamente modesto. Ainda que isso seja algo positivo, o que alimenta boas perspectivas para 2020, a frustração é igualmente notável. Basta analisar o cenário de modo mais abrangente para se chegar a essa conclusão. Em comparação com os primeiros três meses do ano, o crescimento foi de 3,2%. Cabe observar que, em relação ao segundo trimestre do ano passado, a alta ultrapassou a margem de 5,2%. Se levarmos em consideração o conjunto dos últimos 12 meses, o acúmulo releva 4,3%.
Para 2020 a expectativa é de uma aceleração da economia do Brasil, devido ao avanço de medidas que tornaram o país mais atraente para empresas investirem, aumenta a confiança dos consumidores que por consequência estes acabam comprando mais, empresas vendem mais e criam um ciclo virtuoso de crescimento da economia como um todo. Entretanto, há riscos: o primeiro é de uma recessão global, que poderá dificultar uma aceleração da economia nacional e o segundo risco é o momento de incertezas políticas, podendo dificultar a aprovação de medidas fundamentais e se isto ocorrer, poderá impedir de fato de o Brasil ter está tão esperada aceleração, que continua a ser o cenário mais provável.
O desemprego no Brasil ficou em 11,2% no período entre setembro e novembro de 2019, conforme divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a partir de dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). A taxa de desemprego registrada entre setembro e novembro de 2019 é a mais baixa desde o trimestre encerrado em maio de 2016. O nível de desocupação, portanto, está no patamar de três anos e meio atrás. É normal que o desemprego caia nos últimos meses do ano, uma vez que as festas impulsionam a atividade econômica, seja no comércio ou na produção de bens que serão vendidos para o Natal. Mas, mesmo comparando apenas os trimestres encerrados em novembro, o desemprego para a época do ano é o mais baixo desde 2015.
Segundo pesquisa realizada pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) o terceiro trimestre de 2019, os lançamentos imobiliários apresentaram um aumento de 4,1% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 23,9% na comparação do mesmo período do ano anterior. As vendas apresentaram uma queda de 4,9% em relação ao trimestre anterior, mas um aumento de 15,4% na comparação do mesmo período do ano anterior. A oferta final apresentou um aumento, resultado de lançamentos maiores do que vendas, de 2,6% em relação ao trimestre anterior e uma queda de 2,6% em relação ao mesmo trimestre de 2018.
Crescimento mais forte da economia e da indústria em 2020. Como ocorreu em 2019, o ano de 2020 deve iniciar com as expectativas em alta. Mas diferentemente de 2019, boa parte das âncoras que impediam uma retomada da atividade mais robusta foi superada. Projetamos um crescimento de 2,5% do PIB em 2020.
O tom de otimismo com o desempenho da economia brasileira em 2020 e a melhora do cenário externo, com a possibilidade de acordo entre Estados Unidos e China, fizeram com que o primeiro pregão de 2020 começasse batendo recorde. No dia 02 de janeiro de 2020, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, bateu o maior nível histórico, atingindo 118.573, alta de 2,53%.
O setor da construção será o principal motor para o crescimento de 2020. A recuperação do setor tende a gerar um número grande de contratações formais, dando suporte a novos avanços no consumo. A indústria de transformação deve iniciar o ano com dinâmica muito similar à observada em 2019, com dificuldades no mercado externo e melhora gradual do mercado doméstico. A indústria extrativa deve manter o elevado nível de atividade do fim de 2019. Nesse cenário, projetamos crescimento de 2,8% para o PIB industrial em 2020. Projetamos alta robusta do investimento em 2020, de 6,5%, e alta de 2,2% do consumo das famílias. À medida que as expectativas de aumento da demanda se confirmem, aumentos adicionais do consumo terão efeito cada vez maior na produção industrial e na redução da ociosidade. Isso trará resultados mais decisivos no investimento e no emprego, o que, por sua vez, dará novo impulso para a continuidade da recuperação do mercado de trabalho. Mais investimento e emprego As expectativas para o mercado de trabalho para 2020 são positivas. A atividade econômica continuará melhorando gradativamente, assim como as condições para um melhor ambiente de negócios. Esse cenário deve viabilizar o crescimento mais robusto da formalização do trabalho e a geração de empregos de maior qualidade, que pagam melhores salários, com efeitos positivos no rendimento médio real em 2020. Considerando esse cenário, a CNI estima que a o rendimento médio real e a massa salarial real cresçam 1,6% e 3,4%, respectivamente, em 2020. A taxa média de desemprego deve cair para 11,3% da força de trabalho.
Fontes:
http://www.cbicdados.com.br/media/anexos/Mercado_Imobili%C3%A1rio_CBIC_3T_2019.pdf